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Horário de verão 2025 está de volta à pauta do governo: veja o que se sabe

horário de verão

O Brasil pode estar prestes a ver a volta do horário de verão em 2025. A medida, abolida em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro após estudos apontarem baixa relevância na economia de energia, voltou à mesa do governo em meio ao risco de sobrecarga no sistema elétrico.

Como funcionava o horário de verão

O horário de verão adiantava os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano. A ideia era simples: aproveitar melhor a luz natural no fim da tarde e reduzir o consumo de energia no horário de pico.

Durante décadas, bancos, empresas e famílias se adaptaram ao ajuste, que foi considerado eficiente para aliviar o sistema elétrico. Com o tempo, porém, o aumento do uso de ar-condicionado e outros aparelhos reduziu a eficácia da medida.

Por que o governo cogita a volta agora

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a discussão foi retomada pelo crescimento da demanda por energia e pelo risco de sobrecarga.

Um relatório divulgado em 2024 estimou que o horário de verão poderia reduzir a demanda máxima em até 2,9% nos horários de pico e gerar economia de cerca de R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro. Além disso, ajudaria a diminuir o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes. 

O Ministério de Minas e Energia (MME) destaca que a análise atual é mais complexa do que no passado. O ONS hoje considera não só o consumo, mas também:

  • o nível de chuvas, que afeta as hidrelétricas;
  • o crescimento da energia solar e eólica;
  • e a necessidade de reduzir a sobrecarga nos horários de maior consumo.

Nesse cenário, o horário de verão poderia ampliar o uso das fontes renováveis, aliviar o sistema e manter reservatórios em níveis seguros durante períodos de seca. 

Impactos além da energia

Se for retomado, o horário de verão impacta mais do que o consumo de eletricidade. Bolsas de valores, bancos, companhias aéreas e até a rotina de milhões de brasileiros precisariam se ajustar.

Há também o fator psicológico: parte da população associa o horário de verão a dias mais longos e maior tempo para lazer, o que pode pesar no debate político. 

Decisão cabe a Lula

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a volta do horário de verão como uma “possibilidade real”. Mas a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com base em relatórios técnicos do setor elétrico.

Em 2024, o governo chegou a rejeitar a ideia, alegando que não havia necessidade naquele momento. Ainda assim, deixou claro que segue avaliando o tema para os próximos verões.

Por enquanto, nada está decidido. Mas o retorno do horário de verão voltou ao centro das discussões e pode se tornar parte da estratégia do país para enfrentar o aumento da demanda por energia.

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