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Tom duro do Copom derruba Ibovespa com adiamento do corte na Selic; veja destaques no Giro do Mercado de hoje (16)

O mercado reage à ata do Copom, divulgada mais cedo. O documento sobre a última reunião do Banco Central manteve o tom mais duro do comunicado após a decisão sobre juros da semana passada.

A publicação foi na contramão das expectativas dos investidores, que ainda acreditavam em um corte na Selic na primeira reunião de 2026.

No Giro do Mercado desta terça-feira (16), a jornalista Paula Comassetto recebeu Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, para comentar os principais acontecimentos que mexem com o Ibovespa hoje.

Ibovespa (IBOV) iniciou o dia em tom negativo, com queda de quase 2%. Os especialistas avaliam que a baixa baixa se deve à ata do Copom, que divide as atenções com o cenário corporativo na reta final do ano, com destaque para as distribuições de dividendos. 

“A ata aponta melhora em praticamente todas as condições e mesmo assim fala sobre manutenção dos juros em um patamar elevado por um período prolongado. Por isso, achei o tom mais hawkish do que estava esperando para essa ata e acredito que o mercado passa a esperar o corte de juros para março ou até mesmo abril”, avaliou a estrategista-chefe da Nomad.

Desemprego em alta nos Estados Unidos

No cenário internacional, a divulgação do payroll, o relatório de emprego mais importante dos Estados Unidos, mostrou a criação de 64 mil vagas de emprego em novembro. Ainda assim, a taxa de desemprego do país é a maior em quatro anos, de 4,6%, acima da projeção do mercado, de 4,4%. 

De acordo com Zogbi, a criação de empregos foi acima do esperado, mas ainda frágil para o período. “Se somarmos com os altos níveis de desemprego, esse cenário pode criar uma leitura de crescimento fraco ou até um medo de recessão”, afirmou.

Para a especialista, a situação atual da economia americana é delicada, mesmo após o corte de juros pelo Federal Reserve na semana passada. “Essa leitura mais fraca para salários e a criação de vagas muito concentrada em dois setores são dados que também devem impactar nas decisões do Fed em janeiro”, explicou.

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