O dólar zerou os ganhos da véspera em meio à valorização das commodities após anúncio de pacote de estímulos econômicos na China (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)
O dólar à vista (USDBRL) perdeu força nesta terça-feira (23) com a valorização das commodities e a repercussão da ata da mais recente reunião do Banco Central brasileiro.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4628 (-1,31%).
O desempenho acompanhou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, fechou em queda de 0,48%.
O que mexeu com o dólar hoje?
O dólar zerou os ganhos da sessão anterior, pressionado pela valorização das commodities em dia agitado no Brasil e no exterior.
No cenário doméstico, o mercado repercutiu a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento manteve a postura ‘mais agressiva’ do comunicado e reiterou a dependência de dados para a próxima decisão sobre a Selic.
Já no exterior, o presidente do Banco Central da China (BPoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng, disse que a instituição cortará a taxa de compulsório dos bancos em 50 pontos-base e a taxa de recompra reversa de sete dias em 0,2 ponto percentual, para 1,5%, a fim de injetar mais liquidez na economia e reduzir os custos de empréstimos.
Também foram anunciadas medidas voltadas para impulsionar a compra de ações e o setor imobiliário.
O anúncio provocou uma melhora na percepção global sobre o consumo na China, maior importador de matérias-primas do planeta, impulsionando ativos em diversos mercados, incluindo ações e moedas de países com relações comerciais profundas com o gigante asiático.
Países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil, foram impactados positivamente através do aumento dos preços das commodities, como o petróleo e o minério de ferro.
Ao longo da semana, os investidores acompanham o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).
Já na agenda internacional, a semana também será recheada de dados, como o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) — referência de inflação para o Fed — e a prévia do PIB dos Estados Unidos.
*Com informações de Reuters