O mercado financeiro brasileiro está em transformação, e as mulheres desempenham um papel fundamental neste cenário. As profissionais mulheres têm conquistado espaço e se destacado no mercado financeiro em geral. No campo do planejamento financeiro pessoal, essa presença está cada vez mais associada à qualificação e à personalização do atendimento.
O Brasil foi o quarto país do mundo em crescimento no número de planejadores financeiros CFP® em 2023, registrando uma expansão de 8,7%. Ao final do ano, o país contava com 9.379 profissionais certificados, ocupando a quinta posição no ranking mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão e Canadá. Esses números evidenciam a crescente demanda por profissionais qualificados para atender às necessidades financeiras de indivíduos e famílias, de acordo com Relatório Anual 2023 da Planejar.
Atualmente, 35% dos planejadores financeiros certificados no Brasil são mulheres, enquanto 65% são homens segundo dados da Planejar. Apesar da disparidade, o aumento da presença feminina no setor é um indicador positivo de maior diversidade e inclusão em um mercado historicamente dominado por homens.
No planejamento financeiro pessoal, a capacidade de ouvir, compreender e oferecer soluções personalizadas são habilidades essenciais. Mulheres, em geral, têm se destacado por aplicar essas características de maneira estratégica, criando vínculos de confiança que vão além dos números e promovem uma experiência diferenciada para os clientes.
Assim, a entrada de mais mulheres no planejamento financeiro pessoal não apenas humaniza o setor, mas também redefine padrões de atendimento. A conexão, a escuta ativa e a sensibilidade geram resultados mais alinhados às expectativas dos clientes e criam um ambiente de maior confiança e fidelidade.
Esse papel ativo das mulheres também é evidente no âmbito familiar: de acordo com o Serasa, em 2023, 88% das mulheres tinham participação nas finanças das famílias, sendo que 38% delas eram as principais responsáveis pelo provimento da casa.
O número de mulheres investidoras no Brasil também cresce, passando de 33% em 2022 para 35% em 2023, conforme apontado pelo Raio X do Investidor Brasileiro – 7ª edição, ANBIMA (2024).
Esses dados revelam a necessidade de mais iniciativas para incentivar a participação feminina no mercado financeiro, tanto como investidoras quanto como profissionais.
A crescente presença feminina no mercado financeiro brasileiro, especialmente no planejamento financeiro pessoal, é um reflexo de um setor mais inclusivo e diversificado. Apesar dos desafios, as mulheres têm se consolidado como agentes de transformação, promovendo mudanças positivas e contribuindo para um mercado mais eficiente, humano e inovador.
Fonte : Estadão
