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ECONOMIA Petrobras reduzirá produção em 200 mil barris diários

Redução foi decidida em meio à queda na demanda por petróleo por causa da crise causada pela pandemia de coronavírus. Empresa fala "na pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos".

 
Placa da empresa estatal petrolífera Petrobras, diante da sede em São Paulo

 

A petroleira estatal Petrobras anunciou um novo corte em sua produção por causa da "que se configura a pior crise da indústria do petróleo nos últimos 100 anos". A partir desta quarta-feira (01/04), a produção de petróleo será reduzida em 200 mil barris diários. A medida foi anunciada em meio à queda da demanda devido à crise do coronavírus. 

O volume inclui a redução anunciada em 26 de março, diz comunicado da empresa em seu site. Na ocasião, a Petrobras já tinha cortado a produção em 100 mil barris diários, uma restrição que deveria valer até o final de março. 

Os cortes desta quarta não têm data para serem revogados, mas a Petrobras deverá reavaliar continuamente a necessidade de manutenção da decisão. A empresa também ajustará o processamento de suas refinarias, "em linha com a demanda por combustíveis".

"O cenário atual é marcado por uma combinação inédita de queda abrupta do preço do petróleo, excedente de oferta no mercado e uma forte contração da demanda global por petróleo e combustíveis", justifica a empresa. 

As "novas medidas para assegurar a sustentabilidade da companhia" anunciadas nesta quarta-feira se encaixam nas ações que preveem cortar 2 bilhões de dólares (cerca de 11 bilhões de reais) em gastos operacionais este ano, anunciadas na semana passada, incluindo a hibernação de plataformas em operação em campos de águas rasas e o adiamento de novas contratações por 90 dias. 

Dentro desse montante, a Petrobras também pretende economizar 700 milhões de reais em despesas com pessoal. Para isso, deverá adiar entre 10% e 30% do salário de "empregados com função gratificada (gerentes, coordenadores, consultores e supervisores)". Além disso, vai alterar temporariamente o funcionamento dos turnos e do sobreaviso "de cerca de 3,2 mil empregados". Cerca de 21 mil empregados também terão a jornada de trabalho reduzida, de 8 para 6 horas diárias. 

Outras medidas incluem redução de gastos com recursos humanos, incluindo adiamento de pagamento de horas extras e a postergação do pagamento de 30% do salário do presidente, diretores, gerentes executivos e gerentes gerais.

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